Saturday 29 November 2008

Espéce décima sexta

É com grande mágoa que relato esta espéce, no belogue faz-me espéce, mas em todo o caso não posso deixar de referir que me deixa imensamente triste e deprimido saber que sou usado e deixo de ser usado seguidamente, tal como uma bola de futebol por algumas pessoas, que ainda por cima se indignam comigo. Ora, esta situação causa-me faz-me imensa espéce...

Friday 28 November 2008

Espéce décima quinta

Faço parte do grupo de pessoas que fará animação na Vila Natal de Óbidos entre 29 de Novembro e 4 de Janeiro, período no qual seria suposto haver refeições para nós, "trabalhadores/animadores". Faz-me espéce que as refeições sejam apenas sopa, por não haver refeições para todos e portanto apenas a sopa poder ser facultada e, não bastando isto, a cantina estará fechada na hora em que o turno em que trabalho entra para as suas funções e já também encerrada quando estas funções conhecem o seu término. Faz-me espéce não poder comer, portanto, nenhuma sopa durante este período. Uma falta de organização a registar.

Wednesday 26 November 2008

Espéce (autenticamente) décima-quarta

A minha espéce de hoje continua a ser referente a um evento passado no cinema do CCC (no fundo, no pequeno auditório, transformado, todas as Segundas-feiras, em sala de cinema), desta feita, aquando da minha ida, na Segunda, dia 24 de Novembro, ao mesmo, para ver The Tracey Fragments. O filme é mesmo genial, e desde já aconselho a todos que o vejam, mas não é isso que vem ao caso: o que se passa é que é um filme que requer alguma (muita, aliás) atenção, até porque há regularmente mais de cinco ou seis imagens ao mesmo tempo em ecrã, e ter de me preocupar com legendas não ajuda (felizmente mandei vir o dvd e esse problema das legendas será resolvido), portanto, seria de esperar que quisesse estar descansado, sem ter distracções na sala. Ora, tal não sucede na sala de cinema do Centro Cultural e de Congressos de Caldas da Raínha, pois parece-me que as filas de cadeiras ou não estão bem fixas ao chão, ou já o uso as foi soltando, e se alguém na fila se mexe, todas as cadeiras sofrem represálias desse mesmo movimento. Sucede que, na transacta Segunda-feira, demasiada gente parecia estar, e cito a minha mãe, com bicho-carpinteiro nos glúteos e/ou costas, pois passaram o filme todo a abanar-se, a compor-se, a traçar e a destraçar a perninha, a mexer em casacos, a tirar e recolocar cachecóis. Para além disso, a pessoa que foi comigo não estava claramente a apreciar o filme, até porque só quis ir pela ida aos bares que se seguiu ao visionamento cinematográfico. E, convenhamos, todas estas situações são de fazer uma incrível e comichosa espéce.

A ver se para a semana as pessoas já param quietas com os cuzinhos... ah, e, sim, eu escolhi uma fila quase vazia, mas parece que depois acabou por encher, portanto, não foi culpa minha, só para quem pudesse levantar esta questão.

Wednesday 19 November 2008

Espéce décima quarta

Antes de mais, faz-me espéce ser supersticioso e ter olvidado a espéce décima terceira, por via de represálias cármicas/kármicas de todo um alinhamento universal não favorável.

Quanto à espéce, em si, é referente ao facto de o meu Windows Media Player 11, através do qual ouço música no computador, e que prezo relativamente mais que o iTunes e/ou o WinAmp devido às informações automáticas que vai fornecendo, se enganar de forma constante e insistente nos nomes dos compositores no último álbum de Dead Combo, por mais que eu o corrija. Na verdade, o que mais me faz espéce é o energúmeno que submeteu as informações ao site gracenote, de onde o dito Windows Media Player retira as informações dos álbuns/artistas/músicas/compositores, pois essa criatura não sabe claramente escrever o nome "Gonçalves", sendo que um dos elementos do duo Dead Combo possui precisamente esse apelido, e dando-se ainda que o grosso das músicas é composto por ambos: Tó Trips e Pedro Gonçalves. Ora, a pessoa interessada em submeter informações, numa ânsia de se antecipar a alguém com uma ortografia mais correcta, apelidou o homem de Pedro "Gonsalves". E ter que andar sempre a substiuir o S por um C cedilhado faz-me muita, mesmo muita espéce.

Monday 17 November 2008

Espéce décima segunda

Faz-me espéce perceber que há coisas más que são imutáveis. Faz-me também uma enorme espéce que pessoas tenham falado comigo e eu com elas não me lembrando eu, neste momento, de nada.

Saturday 15 November 2008

Espéce décima primeira

Como primeira intervenção no blogue "Faz-me espéce", devo dizer que esta semana soube da morte trágica de um compositor jazzistico que gosto bastante chamado Esbjörn Svensson. Svensson é conhecido pelo seu trio formado desde 1990, o E.S.T. (Esbjörn Svensson trio), o trio conta ainda com a presença dos músicos Dan Berglund e Magnus Öström. Esbjörn trouxe novos ouvintes do jazz sem comprometer as suas origens jazzisticas. Dizia que "cada album é como um livro, com vários capitulos, para que se ouça por ordem, de inico até ao fim, como uma história". Deste cavalheiro posso fornecer o álbum "Strange place for snow" (2002) do qual devo dizer que está muito bem concebido, e onde explora os potenciais de todos os elementos (piano, contrabaixo e bateria). A mim faz-me bastante espéce que este cavalheiro tenha perecido, ainda por cima de uma forma estúpida (morreu quando mergulhava num lago perto de estocolmo), quando ainda muita coisa tinha para nos dar.

Tuesday 11 November 2008

Espéce décima

Tendo ontem ido ao cinema ao Centro Cultural e de Congressos de Caldas da Raínha (CCC), para (re)ver o filme Dead Man, de Jim Jarmusch, com Johnny Depp e Gary Farmer - entre toda uma outra panóplia de nomes frequentes nos filmes do senhor Jarmusch - deparei-me com a situação que em si me provoca espéce. Gosto do filme. Dos actores, com certeza, mas muito do realizador. Irei ver o Ghost Dog - The Way of The Samurai, só por ser do mesmo realizador, tal como vi Coffe and Cigarettes pelo mesmo motivo. Gosto do Johnny Depp, garantidamente que sim, gosto de bastantes filmes que vi, com ele nos principais papéis, mas nem por isso me babo com ele. Muito menos sinto um afluxo de sangue à zona pélvica quando o vislumbro. Agora, faz-me espéce que o pequeno auditório do CCC estivesse cheio de meninas malucas de estrogénio, para ver um filme independente, só porque era um filme com o Johnny Deep (sic). Felizmente, o filme também lhes fez espéce, pois sairam da sala a queixar-se que nunca tinham visto uma coisa "tão má". Que é para aprenderem. Pois que o Johnny Deep não faz só filmes comerciais e blockbusters de Hollywood.

N.B.: Clarifico, e espero que, pelo menos para algumas pessoas, de vez: o nome do cavalheiro escreve-se e lê-se DEPP (dois pp, não dois ee) ao invés de "deep" (fundo, profundo). "Dép", não "dip", ok? Grato pela atenção.

Monday 10 November 2008

Espéce nona

Faz-me espéce ver as crianças (e menos crianças) com necessidades educativas especiais a ser "integradas" no ensino regular, particularmente quando a toda a sua volta existem criaturas ditas "normais" que nada mais fazem, que não seja ridicularizá-las e ostracizá-las. Não, não sou a favor de que essas pessoas fiquem a vida inteira na "redoma" dos serviços especializados, mas esta "integração" (inserir riso sentido) faz-me claramente muita espéce.

Wednesday 5 November 2008

Espéce sétima

8º B. Pessoas que querem ir para a rua, não querendo antes sair mais cedo, porque o s'tôr deve gostar de se mexer, de jogar futebol, e se não gostar de futebol há-de gostar de basket, se não gostar de basket, caraças, pelo menos há-de gostar de rugby e - deus o não permita! - se não gostar de rugby, sequer, ao menos há-de gostar de correr, saltar em comprimento, em altura. Ora, o que o 8º B não sabe é que, durante o seu tempo de aluno dos segundo e terceiro ciclos e do ensino secundário, o s'tôr abominava educação física - não tendo nunca sentido sequer a sua falta quando deixou de a fazer, ao contrário de muitos dos seus pares. E o que verdadeiramente me faz espéce é o facto de as raparigas do 8º B (que foi quem ficou à conversa comigo no campo de jogos) não perceberem o que é que há para fazer, na vida, além de correr, jogar, saltar, dançar, pontapear esferas ou fazê-las passar por cestos. E ainda me faz mais espéce o facto de lhes ter respondido negativamente à questão "mas o s'tôr ao menos gosta de ver futebol?" e isso ter sido visto como um facto anti-natura.

Se calhar, eu é que me devia fazer espéce a mim próprio, sendo que aqueles pré-adultos fizeram com que o seu universo desportivo parecesse tão comum, normal e ordinário. E pensar isso faz-me, precisamente, espéce.

Monday 3 November 2008

Espéce quinta

Após uma breve introdução à portentosa turma do 6º C, faz-me espéce que uma aluna, em particular, tenha apenas perguntado se eu era casado, se tinha filhos, companheira ou namorada e me tenha pedido para fazer "assim com as mãos" (ipsis verbis: "Oh, s'tôr, faça assim com as mãos", colocando as mãos de palmas viradas para o seu rosto, de dedos abertos em direcção ao tecto). A Stéphanie faz-me espéce. Muita. E o facto de eu não lhe fazer espéce, tendo ela 14 primaveras, somente, mais espéce me provoca, sobretudo espéce do tipo A, mesmo daquela que causa asco e algum sabor de vómito a surgir na garganta.

Saturday 1 November 2008

Espéce quarta

Assumo desde já que me faz mesmo muita espéce ficar embriagado nos bares de amigos, particularmente se esses mesmos amigos por lá se encontram. Mais espéce, ainda, me faz se regurgito no mesmo espaço e me vou embora sem ajudar a limpar.

Espéce terceira

O meu telemóvel está com problemas ao telefonar. Não se consegue ouvir bem, nem falar de forma a que a outra pessoa oiça convenientemente, devido às interferências. Faz-me espéce que isso assim seja porque, muitas vezes, digo coisas más que as pessoas não ouvem e, então, voltam a telefonar.