Friday 19 March 2010

Espéce trigésima terceira

Incomoda-me sobremaneira ser uma criatura de mil novecentos e oitenta e três que se encanta com muita facilidade por seres do sexo feminino que, por vezes, podem encontrar-se no limiar da maioridade, particularmente tendo efectuado um reingresso num curso onde a maior parte da fauna possuidora de vulva tem, precisamente, entre dezoito e vinte anos de idade. E o auge desta espéce dá-se quando, em convívio uma tarde inteira com Sara Marina Oliveira Bernardino, que, não o escondo de ninguém, me apraz assaz a vários níveis, passo o tempo a fazer ligeiras e não tão ligeiras insinuações a esse facto, que são constantemente goradas e cortadas pela raíz quando a bendita menina só responde na base do "eu quero um rapaz bonito e com barba QUE TENHA ENTRE VINTE E VINTE E DOIS" e do "devias arranjar alguém da tua faixa etária."
Ora, a minha faixa etária é inexistente, neste momento, pelo menos no sentido em que não conheci ainda ninguém que preencha esse requisito e, para além disso, esta coisa do encanto, tal como o amor e a paixão, não se controla propriamente. Ainda a acrescentar a esta problemática, dá-se que não sei ao certo como meter conversa e conviver com as donzelas que me são agradáveis em primeiro contacto visual, sendo que isso me restringe muito às pequenitas (não tão pequenitas, que me façam incorrer num processo-crime, também) que já conheço e com quem convivo mais frequentemente.

E, obviamente, faz-me espéce não ter ninguém na minha vida, uma espéce ulceral que me incomoda e me faz, bastantes noites, nem conseguir dormir.

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